A Truck Center iniciou seus trabalhos na Fórmula Truck em 1999, na prova de Interlagos – São Paulo, tornando-se o Alinhador oficial da Fórmula Truck.
A nós, cabe o trabalho de ajudar a manter a categoria competitiva e equilibrada, fiscalizando os caminhões após a tomada oficial de tempo e o final da prova. Essa fiscalização consiste em verificar se as medidas de alinhamento, as dimensões diversas dos caminhões (altura, largura, distância entre eixos, etc), estão dentro dos limites impostos pelo regulamento da categoria e ainda, se os caminhões estão com o peso acima do limite mínimo especificado (vide: limite de peso, abaixo).
A Truck Center contribui ainda, alinhando os caminhões durante os 02 dias de treinos, quando solicitado o alinhamento. Fazemos isso para todas as equipes e quantas vezes forem necessárias, até que o piloto ache que o alinhamento do caminhão ficou como ele quer (as orientações de medidas são dadas pelo chefe da equipe, e cada equipe tem suas próprias medidas para cada prova).
Como são os Trucks
Os caminhões que correm na Fórmula Truck têm muitas diferenças daqueles que rodam nas estradas transportando cargas. As modificações passam pelo motor e periféricos como turbina, filtros e bomba injetora, sendo que esta é lacrada e sorteada para o piloto a cada etapa. Ao final da corrida, a peça é devolvida para a organização, que mantém um bombista exclusivo para proceder a regulagem entre uma etapa e outra. O que faz a diferença entre as equipes é o trabalho e o desenvolvimento do caminhão, o que naturalmente depende de investimentos.
Limite de peso
O peso de um cavalo-mecânico de corrida é de, no mínimo, 4.850 Kg se for das marcas Scania, Volvo, Iveco ou Mercedes-Benz com cabine convencional. No caso do modelo cara-chata, o peso mínimo exigido cai para 4.650 Kg e Iveco com 4.750 kg. Os caminhões Ford Cargo e Volkswagen, equipados com motor de até 9 litros, têm o peso mínimo exigido de 3.700 Kg, porque são veículos menores originalmente. As equipes fazem o que podem, dentro do regulamento, para aliviar o peso. Os recursos utilizados são rodas de alumínio, redução da cabine e retirada de painéis, forração, banco, capô e laterais de fibra, tanque menor entre vários outros recursos.
Segurança
O santantônio dos trucks é construído com tubos de aço de 59mm (com parede de espessura mínima de 3mm) ou tubos de aço de 72mm (com parede de espessura mínima de 5mm).
O tanque de combustível é deslocado para o centro do chassi e o banco do piloto é concha.
Cinto com três pontos de fixação completam as exigências para o caminhão.
Estes equipamentos de segurança têm garantido a segurança dos pilotos em muitos acidentes ocorridos durante as corridas
Pneus
Os pneus que equipam os caminhões da Fórmula Truck são radiais sem câmara, e todos da marca Bridgestone. São utilizados com a banda de rodagem raspada (“slick”), e quando a corrida é com a pista molhada (chuva), a banda de rodagem é normal, para garantir maior aderência. Para resistirem às corridas de caminhões não recebem nenhum tratamento especial pôr parte do fabricante, são exatamente idênticos aos que a companhia disponibiliza para os transportadores, na sua rede de revendedores. Os pneus que equipam os caminhões da Formula Truck são inflados, em média, com 90 libras na dianteira e de 30 à 50 libras na traseira, de acordo com a pista e o gosto do piloto.
Combustível
O Diesel Podium e os lubrificantes utilizados pelos caminhões da Formula Truck, fornecidos pela Petrobras Distribuidora, são os mesmos produtos que a companhia disponibiliza na sua rede de postos com a bandeira BR. O Diesel Podium Petrobras é um combustível que incorpora 2% de Biodiesel, combustível produzido a partir de óleos vegetais extraídos de diversas matérias-primas, como palma, mamona, soja, girasol, entre outras. Desde o início de sua parceria com a categoria, em 1996, a empresa iniciou também um trabalho de pesquisa e de desenvolvimento para aprimorar seus produtos e reduzir a fumaça expelida pelos caminhões. Todos os avanços conquistados são repassados para o público consumidor através do combustível e lubrificantes que coloca no mercado. A Formula Truck, onde os motores dos caminhões operam em regime máximo de potência e temperaturas muito acima daquelas alcançadas em condições normais pelos caminhões nas estradas, tornou-se um excelente campo de provas para a empresa desenvolver seus produtos.
Velocidade
O caminhão de Fórmula Truck pode atingir velocidade máxima superior a 200 km/h, apesar de que, nas corridas, a máxima permitida nos trechos de maior velocidade é de 160 Km/h, por motivo de segurança. O controle é feito por radares instalados na pista e o piloto que ultrapassa o limite deve fazer um drive-thru. Fora da área do radar, cada um acelera o quanto pode.
Grid
A partir da temporada de 2000, o grid pôde ser formado pôr até 23 caminhões, e dependendo do autódromo, até 25 caminhões, tendo como base o treino classificatório realizado no Sábado à tarde. Após o treino classificatório, é feita a vistoria técnica pelos comissários de prova e pela Truck Center, para confirmar o grid de largada. A ordem em que os caminhões entram na pista, para a tomada de tempo, é decidida pelos comissários de prova, que normalmente efetuam um sorteio pelo número do caminhão. Cada piloto tem o direito de fazer uma volta de aquecimento, três cronometradas, e mais uma de desaceleração. Se o piloto abortar a sua volta, ele terá direito a uma única tentativa no final do treino. O piloto que conquista a pole-position, recebe um ponto extra.
A Corrida
A partir da temporada de 2000, cada etapa da Fórmula Truck teve apenas uma bateria com números de volta variando entre 30 e 35, dependendo da extensão da pista e das condições do autódromo. Pelo regulamento de 2001, existiu sempre uma bandeira amarela obrigatória na 12ª volta. Se a corrida sofrer uma interrupção antes da 12ª volta, a bandeira amarela “programada” será retardada para algumas voltas à frente. No momento que for dada a bandeira amarela obrigatória, os pilotos classificados até a 6ª posição ganham pontos, na ordem decrescente de 07 para o primeiro, 05 para o segundo, até 01 para o sexto colocado. Estes pontos serão somados ao resultado que o piloto venha a obter na bandeirada final, mas não servem para a formação do pódium, o qual considera a ordem de chegada dos caminhões.
Para mais informações acesse: www.formulatruck.com.br